terça-feira, 28 de abril de 2009

El Mexico

Por causa da "gripe do mal" (como chamou o jornal expresso) eu fui dar uma olhada na internet e acabei chando um site de jornal mexicano com uma coluna falando sobre a visita do Obama.

Lá o colunista fala sobre a imagem que os americanos tem do mexico, e eu fiquei pensando que merda deve ser isso pra eles.
Se eu daqui já vivo reclamando da imagem do brasil la fora... imagina a situação de um pais subdesenvolvido que deu o azar de morar do lado da maior potencia mundial, que ainda domina a midia mundial, a cinematografia e etc.

É só ver os filmes americanos que passam no mexico pra ter vontade de ficar longe de lá. É a maior terra de Malboro, os homens bigodudos magrelos se matando enquanto os gordos dormem embaixo de chapéus na calçada.


http://impreso.milenio.com/node/8565399

Pirassununga x Copacabana

Depois de voltar de viagem (com g), resolvi procurar a área de pirassunga na internet, e acabei achando umas informações divertidas. Tudo na eikipedia.

Pirassununga tem 71.000 habitantes felizes, homogeneamente divididos em 770km².

Copacabana tem 150.000 habitantes, homogeneamente distribuídos (na horizontal e na vertical) em 7,8 km².

Ou seja,
Para entender Pirassununga, pegue 94 Copacabanas e mande metade de sua população embora.
Ah, tire os prédios e coloque casinhas simpáticas, substitua os McDonalds por sorveterias vendendo 30 sabores de milk shakes de R$2,5, tire os sinais de trânsito (lá os panfleteiros trabalham nos quebra-molas) e substitua a praia pela cachoeira de emas.
E pode andar pelo centro da cidade despreocupadamente à noite, com sua carteira, seu cartão de crédito... e um papelzinho com a senha anotada, se quiser.




Ah, comparei com copacabana porque não encontrei informações suficiente sobre vila kosmos. :(

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vila_Cosmos

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ciúme

"Dorme o Sol, a flor do Chico, meio dia
tudo esbarra embriagado do seu lume

dorme Ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
só vigia um ponto negro, meu ciúme

O ciúme lançou sua flecha preta
e se viu ferido justo na garganta
que nem alegre, nem triste, nem poeta
entre Petrolina e Juazeiro, canta.

(...)

Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem chegaste a perceber
mas na voz que canta, tudo ainda arde
tudo é perda, tudo quer buscar, cade?

Tanta gente canta, tanta gente cala
tantas almas esticadas no curtume
sobre toda estrada, sobre toda sala
paira monstruosa a sombra do ciúme"




Essa musica eu prestei atenção na letra dela esses dias.
Me vi muito nessa estrofe "Juazeiro nem te lembras dessa tarde".
É assim que eu me sinto quando to sofrendo. Fico triste de perceber que tudo continua, só eu que to sofrendo.

"Petrolina, nem chegaste a perceber"
"Mas na voz que canta, tudo ainda arde", como quem diz que na voz dele ainda arde o gosto do choro, e a cidade nem chegou a perceber, nem se lembra daquela tarde.

"Tudo é perda, tudo quer buscar, cade?"

E ai eu olho por uma passarela, vejo os carros todos passando, a vida continua.
Milhares de carros passando por debaixo da passarela sem ter ideia do que está se passando dentro de voce.

E ai voce se sente pequeno.

O ciume lançou sua flecha preta, e se viu ferido de volta, com o choro na garganta.
A garganta que agora se cala. Não canta nem alegre nem triste, entre Petrolina e Juazeiro.

E entre Petrolina e Juazeiro tem uma ponte.
Será que o Caetano parou nessa ponte pra olhar a vida passar, assim como eu na minha passarela?