quinta-feira, 16 de julho de 2009

Migração para o wordpress

Isso aí.

Migrei pro WordPress que é mais legal e tem gráficos.


http://igormast.wordpress.com


“Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocoalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outro canto não pára
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara” (Fagner)

“Veja meu bem, gasolina vai subir de preço
E eu não quero nunca mais seu endereço
Ou é o começo do fim…ou é o fim…
Eu vou partir, pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gostar de mim” (Vital Farias)

“Meu povo, não vá-se embora
pela Itapemirim
Pois mermo perto do fim
Nosso Sertão tem melhora
O céu tá calado agora
Mas vai dar cada trovão
De escapulir torrão
De paredão de tapera” (Lirinha e Clayton Barros)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Água no ouvido

Tomei banho e entrou água no meu ouvido.
Achava que ela ia embora sozinha... mas não. Não pensei em nada além de ajudar a evaporação com um incenso.
Depois de três dias ouvindo tudo com eco e com a sensação de ouvido entupido, decidi tomar uma atitude.

Minha mãe me recomendou ir ao médico, e a Rachel me recomendou colocar álcool no ouvido - disse que funciona, apesar de os médicos não gostarem desse método.
Eu pensei em ligar pro meu amigo Carlos, que é dermatologista (tá, ele não é especialista, mas chega mais perto que a Rachel).

Então raciocinei o seguinte: quando entra água no ouvido, eu dou porrada na cabeça e ela sai. Vou colocar mais água e tentar tirar tudo, aí o que tava lá dentro sai devido a um fenômeno qualquer que faz as águas se juntarem quando estão escorrendo, talvez explicável à luz da dinâmica dos fluidos. A Rachel disse que era uma idéia estúpida.


Ontem, cansado de dar porrada na cabeça, pus meu plano em ação: liguei o chuveiro e meti a cara! Depois de alguns socos na caixa craniana estou curado!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Quem cola se embola

Inspirado no último post da companheira Raquel Linhares (tem link dela por aí) vou registrar aqui o maior e mais preciso esquema de cola de que eu já pude participar.

CEFET- 2001.
Segundo ano do médio, turma 2F (eu acho). Uma das turmas mais unidas da estratosfera terrestre

1) AS BASES
A estrutura era militarizada e baseava-se num rígido código de confiança entre todos os participantes, todos do sexo masculino, que juntos ocupavam três fileiras da sala.
Não era permitido a nenhum estranho sentar em nenhuma das três fileiras estratégicas nos dias de prova. Aqueles que tentavam eram expulsos, não havendo sido necessário o uso da violência em nenhuma prova. A sala já era arrumada por nós antes do professor chegar, pulando fileira e tudo, pra que ele ficasse satisfeito com a geometria e não resolvesse trocar todo mundo de lugar.

2) OS GENERAIS
Para cada prova era escolhido um sabedor da matéria, que seria o produtor das respostas(coincidentemente esse era sempre o Cléston). Sentava-se ele na última carteira da fileira do meio e passava as respostas para os dois dos lados e o da frente, que por sua vez copiavam as respostas e passavam pra frente, de forma que a cola percorresse as fileiras até o primeiro, que então, levantava-se e ia embora depois de haver feito tudo.

3) A ÉTICA
ERA RADICALMENTE PROIBIDA A SAÍDA DE UM ALUNO EXCETO SE TODOS OS DA SUA FRENTE TIVESSEM SAÍDO.
Essa norma era necessária para não quebrar a ponte entre os colantes deixando carteiras vazias. Isso nos dava uma paz de espírito, pois sabíamos que a resposta chegaria a nós incondicionalmente. Já fui o primeiro da fila e sei como era bom não precisar ficar tenso. Apenas sorrir e olhar para o professor enquanto tudo está sendo preparado para o seu bem estar. Nesse dia por acaso o Lobão saiu e me deu cola via mímica da escada, no Campus III. Minha expressão estática não permitiu que o professor percebesse, e eu daria um sinal se ele se levantasse.

4) OS MÁRTIRES
Certamente que algumas pessoas, às vezes, precisavam errar algumas coisas de propósito. Tentava-se sempre conseguir uma nota entre 7,5 e 9, deixando um fator de segurança razoável. É claro que esse fator de segurança era proporcional ao conhecimento de cada um sobre a matéria. Quanto mais desconhecida a matéria, mas se precisava confiar no Cléston. Esse talvez tenha sido o motivo da queda.


4) A QUEDA
Eis que o temido professor de Física achou estranho que um terço da turma tivesse tirado a mesma nota (7,5) errando absolutamente a mesma coisa: usando seno de 40º (que jamais apareceu no enunciado) ao invés de 45º, e ironicamente adotando sen(40º)=√2/2.
"Meus Aluninhos", é evidente que vocês colaram, mas se eu denunciá-los vou prejudicar a colega que foi fiscal da prova. Portanto vamos combinar o seguinte: estudem para a segunda prova, que será caprichada, e passem direto. Quem precisar de prova final, não perca seu tempo vindo até a escola. Pois eu sou obrigado a aplicar uma PF, mas não se diz nada quanto a ela ser exeqüível.

Fiquei em prova final, mas fiz como o professor recomendou. Fiquei na rosca com alguns outros companheiros na mesma situação. Na saída da prova soube por dois insistentes que realmente seria inútil ter entrado.

Como o Cléston passou de ano, essa foi minha última história sobre o esquemão de cola.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Focalizar

É o ato de transformar alguma coisa em uma foca.

Palavras de formação análoga:

Ratificar;
Baratear;
Cobrar;
Patinar (ou empatar);
Engatar;
Emular;
Emburrar;
Embolsar (transformar em bolsa. Muito comum com jacarés);
Ovacionar,
Vestibular (termo técnico que significa transformar em um vestíbulo);
Generalizar;
Abundar;
Analisar;


etc.

No caso específico do verbo empatar, derivam dois adjetivos que às vezes se confundem: diz-se "empatado" do indivíduo que tornou-se um pato, enquanto que "patogênico" é aquele que foi um pato desde sempre.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Morgana, a princesa canhota

A Morgana era uma criança feliz, que fazia desenhos horríveis.
Durante um determinado espaço de tempo após o seu nascimento, seu irmão, três anos mais velho, desenhava melhor do que ela.

Eis que ela desenvolve sua coordenação motora colocando todos os pontos na expressão gráfica (comprometendo sèriamente sua capacidade esportiva) e passa a desenhar melhor que o irmão, apesar de ter 75% da sua idade.

Frustrado com essa inegável realidade, ele não teve a opção de se aventurar nas artes e virou um monstro frio, cruel e pérfido, escondido nos pântanos escuros e pedregosos do cartesianismo.

Motorola não rola

Pelo fato de que o meu celular não recarrega mais (porque voltei com um carregador diferente do meu de Pirassununga) e porque ele já estava velhinho e despedaçado (inclusive por ter tomado um banho de NaOH a 80ºC no Laboratório de estruturas) eu resolvi comprar outro. Vou pensar se eu desisto de tirar as coisas que estavam nele, já que em um ano não fui capaz, mesmo com o auxílio de amigos nerds, de instalar o cabo pra retirar dados.

igor: Eu pago o preço de pré ou de pós que tá aqui na vitrine?
vendedora: Nem um nem outro. Depende da sua conta, se é pré ou pós, do tempo que está na operadora, do valor do seu plano e de quando foi a última ves que comprou um celular com desconto conosco.

(Nesse momento eu imaginei a vendedora pegando uma tabela enorme com vários ábacos onde ela entrava com coeficientes representados por letras gregas e asteriscos retirados de outras tabelas enormes, que certamente Terzaghi teria elaborado se fosse vendedor de telefones. Teria também o μ, coeficiente de Poisson do cliente, que representa a disponibilidade do cliente gastar mais quando pressionado.)

vendedora: Você quer um celular com blue-tooth, câmera, mp3, o quê?
igor: Não, quero um celular sem nada.
vendedora: Temos esses modelos aqui.
igor: Quero esse mais barato, da Motorola. (Hum, mas é Motorola... só que o outro é o dobro do preço, então vai ele mesmo)
vendedora: Ok. (Ela não insistiu porque eu sou um cliente incompressível, de coeficiente de Poisson μ=0,5)
igor: Eu tô vendo que ele tem câmera, vou precisar de um cabo pra tirar as fotos dele?
vendedora: Vai.
igor: (Merda, não vou conseguir instalar.) Tá. E você tem o cabo?
vendedora: Não.
igor: Pô! Como você não tem o cabo?
vendedora: Ué, você num disse que queria um celular sem nada?


Eu tinha me divorciado da Motorola. O último celular dela que eu tive teve o desprazer de ser arremessado num canteiro de areia da faculdade depois de não me deixar falar com a Carol.

Aqui vou exemplificar por quê:
O Motorola é muito burocrático. Os contactos da agenda têm uma lista imensa de dados cadastrais e não fazem as coisas mais simples!
ex1) O Rafael tem dois celulares. Quero colocá-los ambos na mesma entrada de contacto.
Que tal entrar em "Rafael." e "adicionar novo número"?
Tá. Aí ele criou uma nova entrada e agora tem dois Rafaéis na minha agenda.
Então vamos tentar "acrescentar número" e retirar o novo das chamadas executadas. Sabe o que ele fez?? Adicionou o novo número depois do outro formando um telefone só de 16 dígitos.

Ô Motorola, por que diabos você achou que alguém no mundo ia querer isso??

ex2) Ah, ele tem discagens rápidas. Que bom.
Vou colocar a Dani como discagem rápida "1" (se a Dani não for o 1 ela vai achar que não é importante, que ninguém gosta dela e vai se mudar pra Portugal).
Aí o Motorola pergunta: substituir Tati? Sim. Porque não? (Tati, você não é a pessoa mais importante na minha vida)
Só pra conferir fui procurar a Tati depois na agenda. Adivinhem? Ela sumiu.

Raciocínio da Motorola: "O igor quer colocar a Dani na discagem rápida 1, então ele quer tirar a Tati do lugar e sumir com ela, ele quer que a Tati desapareça da vida dele. Vou excluir o nome dela da agenda pra que não haja resquícios da sua existência em consultas posteriores."

Eu não culpo tanto a Motorola porque eu realmente sou um imbecil tecnológico. Não sou capaz de instalar um cabozinho de dados e estou há duas semanas procurando onde no site do msn.com está o link pra baixar o msn (e continuo achando que a culpa é deles).

Sigo a minha vida contente e feliz porque a Motorola pelo menos não faz impressoras.

domingo, 17 de maio de 2009

Recalque funcional na porta da sala

A gente percebe que virou adulto quando começa a se preocupar com os problemas da própria casa. Às vezes, mais do que os próprios pais.

Minha irmã vem tentando inutilmente implementar costumes na administração da cozinha, como não usar talheres de metal em frigideiras de teflon ou o de apenas guardar alguma coisa na geladeira se ela estiver completamente envolvida por um plástico ou qualquer superfície fechada que a impeça de ressecar enquanto espalha seu cheiro pelo resto dos alimentos indefesos.

Nada que tenha dado resultado. Eu mesmo, nem ligo pra esse tipo de coisa. Desde que o chuveiro quente esteja funcionando, o resto da casa pode estar zoneado sem problemas.

Mas já é a segunda vez que me pego querendo resolver um problema domiciliar.
O primeiro foi o de subir no telhado e arriscar minha vida na chuva sobre telhas de amianto venenosas e com baixa resistência ao cisalhamento para descobrir uma calha entupida que causava uma goteira espetacular na sala. Vixe! há alguns anos atrás eu apenas chegaria meu video-game pro lado e continuaria minha vida.

Mas ontem eu me preocupei quando resolvi tentar consertar a porta, que está esfregando no chão quando abre. Me veio à cabeça: se eu não tivesse que estudar análise hoje, eu comprava uma chave e consertava a porta. Deus! Que raio de pensamento é esse? Pena que eu tenho que estudar, senão eu consertava a porta??? Cruz credo!

Mas acho que o pior foi que quando meu pai me perguntou qual era o problema da porta eu tive a tentação de dizer que tinha dado um recalque.

É... esse semestre já tá longo demais...