sexta-feira, 26 de junho de 2009

Água no ouvido

Tomei banho e entrou água no meu ouvido.
Achava que ela ia embora sozinha... mas não. Não pensei em nada além de ajudar a evaporação com um incenso.
Depois de três dias ouvindo tudo com eco e com a sensação de ouvido entupido, decidi tomar uma atitude.

Minha mãe me recomendou ir ao médico, e a Rachel me recomendou colocar álcool no ouvido - disse que funciona, apesar de os médicos não gostarem desse método.
Eu pensei em ligar pro meu amigo Carlos, que é dermatologista (tá, ele não é especialista, mas chega mais perto que a Rachel).

Então raciocinei o seguinte: quando entra água no ouvido, eu dou porrada na cabeça e ela sai. Vou colocar mais água e tentar tirar tudo, aí o que tava lá dentro sai devido a um fenômeno qualquer que faz as águas se juntarem quando estão escorrendo, talvez explicável à luz da dinâmica dos fluidos. A Rachel disse que era uma idéia estúpida.


Ontem, cansado de dar porrada na cabeça, pus meu plano em ação: liguei o chuveiro e meti a cara! Depois de alguns socos na caixa craniana estou curado!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Quem cola se embola

Inspirado no último post da companheira Raquel Linhares (tem link dela por aí) vou registrar aqui o maior e mais preciso esquema de cola de que eu já pude participar.

CEFET- 2001.
Segundo ano do médio, turma 2F (eu acho). Uma das turmas mais unidas da estratosfera terrestre

1) AS BASES
A estrutura era militarizada e baseava-se num rígido código de confiança entre todos os participantes, todos do sexo masculino, que juntos ocupavam três fileiras da sala.
Não era permitido a nenhum estranho sentar em nenhuma das três fileiras estratégicas nos dias de prova. Aqueles que tentavam eram expulsos, não havendo sido necessário o uso da violência em nenhuma prova. A sala já era arrumada por nós antes do professor chegar, pulando fileira e tudo, pra que ele ficasse satisfeito com a geometria e não resolvesse trocar todo mundo de lugar.

2) OS GENERAIS
Para cada prova era escolhido um sabedor da matéria, que seria o produtor das respostas(coincidentemente esse era sempre o Cléston). Sentava-se ele na última carteira da fileira do meio e passava as respostas para os dois dos lados e o da frente, que por sua vez copiavam as respostas e passavam pra frente, de forma que a cola percorresse as fileiras até o primeiro, que então, levantava-se e ia embora depois de haver feito tudo.

3) A ÉTICA
ERA RADICALMENTE PROIBIDA A SAÍDA DE UM ALUNO EXCETO SE TODOS OS DA SUA FRENTE TIVESSEM SAÍDO.
Essa norma era necessária para não quebrar a ponte entre os colantes deixando carteiras vazias. Isso nos dava uma paz de espírito, pois sabíamos que a resposta chegaria a nós incondicionalmente. Já fui o primeiro da fila e sei como era bom não precisar ficar tenso. Apenas sorrir e olhar para o professor enquanto tudo está sendo preparado para o seu bem estar. Nesse dia por acaso o Lobão saiu e me deu cola via mímica da escada, no Campus III. Minha expressão estática não permitiu que o professor percebesse, e eu daria um sinal se ele se levantasse.

4) OS MÁRTIRES
Certamente que algumas pessoas, às vezes, precisavam errar algumas coisas de propósito. Tentava-se sempre conseguir uma nota entre 7,5 e 9, deixando um fator de segurança razoável. É claro que esse fator de segurança era proporcional ao conhecimento de cada um sobre a matéria. Quanto mais desconhecida a matéria, mas se precisava confiar no Cléston. Esse talvez tenha sido o motivo da queda.


4) A QUEDA
Eis que o temido professor de Física achou estranho que um terço da turma tivesse tirado a mesma nota (7,5) errando absolutamente a mesma coisa: usando seno de 40º (que jamais apareceu no enunciado) ao invés de 45º, e ironicamente adotando sen(40º)=√2/2.
"Meus Aluninhos", é evidente que vocês colaram, mas se eu denunciá-los vou prejudicar a colega que foi fiscal da prova. Portanto vamos combinar o seguinte: estudem para a segunda prova, que será caprichada, e passem direto. Quem precisar de prova final, não perca seu tempo vindo até a escola. Pois eu sou obrigado a aplicar uma PF, mas não se diz nada quanto a ela ser exeqüível.

Fiquei em prova final, mas fiz como o professor recomendou. Fiquei na rosca com alguns outros companheiros na mesma situação. Na saída da prova soube por dois insistentes que realmente seria inútil ter entrado.

Como o Cléston passou de ano, essa foi minha última história sobre o esquemão de cola.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Focalizar

É o ato de transformar alguma coisa em uma foca.

Palavras de formação análoga:

Ratificar;
Baratear;
Cobrar;
Patinar (ou empatar);
Engatar;
Emular;
Emburrar;
Embolsar (transformar em bolsa. Muito comum com jacarés);
Ovacionar,
Vestibular (termo técnico que significa transformar em um vestíbulo);
Generalizar;
Abundar;
Analisar;


etc.

No caso específico do verbo empatar, derivam dois adjetivos que às vezes se confundem: diz-se "empatado" do indivíduo que tornou-se um pato, enquanto que "patogênico" é aquele que foi um pato desde sempre.